Carnaval

Máscara de Veneza.

Esconde-se por baixo da máscara

Um palhaço triste e mudo.

A folia e o faz de conta

Não o fazem esquecer tudo.

A máscara fria e dura

Repleta de brilho e cor

Não fazem o nosso palhaço

Ficar indiferente à dor.

Faz de conta, palhacito

Que tudo é alegria,

Que neste dia carnavalesco

Se espelha o dia-a-dia.

Nem todo o dia é feliz,

Nem sempre se vive a dançar.

Mas neste dia se vê

Toda a gente representar.

Já é dia, já é noite

Já o Carnaval se acabou.

O nosso pobre palhacito

À rotina da vida voltou.

Sónia C.

Estas simples rimas que escrevi são um pouco daquilo que penso desta festa. Nunca liguei muito ao Carnaval. Nunca fiz questão de andar mascarada; andei umas duas vezes na primária, porque tínhamos de ir assim.

São dois ou três dias de completa folia e excessos que tentam fazer-nos esquecer do resto dos dias. Não vou muito nisso...

Até acho engraçado ver certas pessoas que parecem transformar-se e que nos fazem rir com as suas habilidades e brincadeiras. Mas estou a referir-me àqueles mascarados originais, que inventam as suas próprias máscaras em casa, que arranjam artefactos, como carrinhos de mão a transportar doentes, para se passearem pelas ruas da cidade. Já os outros, com fatos caros e brilhantes, em autênticos desfiles, não gosto muito. Mas também não podemos gostar todos das mesmas coisas; haja diversidade.

Quer gostem, quer não, um bom feriado a todos. O importante é aproveitar esta pausa semanal, cada um da forma que mais gostar.