Olho-te e vejo o retrato do cansaço, do nervosismo, da distração.
Oiço o teu respirar mais alto, mais forçado.
Falo-te e não ouves.
Falo-te e não desatas a rir como dantes.
Não brincas nem dizes palhaçadas.
O tempo parece passar devagar e pesado, ou depressa e sem sabor. Nem sei bem...
Sei porquê. Sei bem. Mas revolto-me.
Onde estás tu, companhia de sempre? Onde está o teu sorriso, o teu brilho nos olhos, o teu carinho, a tua atenção?
Estás e não estás, ao mesmo tempo.
Estás e não estás, ao mesmo tempo.
Devias estar feliz, radiante, a viver uns dias intensos e recheados de sentimentos lindos. Devias, sim. Cada dia, um dia novo.
Mas....Cada dia, um dia igual e vago.
Queria estalar os dedos e virar tudo de pernas para o ar. Tirar-te daqui. Fazer-te esquecer. E então, fazer-te sorrir, fazer-te deitar no chão e fazer-te doer a barriga de tanto rir.
5 comentários:
A dor da partida numa prosa poética muito bem conseguida.
A vida é feita de momentos, uns bons, outros assim... mais distantes de tudo!
Beijinhos e bom fim-de-semana
muito giro! adorei
A vida nem sempre nos sorri... e ai entras tu num papel de personagem principal que não é muito fácil.
Tudo muda, tudo passa, tudo se supera com mais ou menos dificuldade.
Beijinhos Grandes
Grande texto.
Adorei
Predatado: Obrigada!
P.B.: Exactamente. Há momentos de tudo.
Gi: obrigada.
Raquel: Somos sempre a personagem principal de cada dia.
Façamos o nosso papel da melhor forma, pois realmente tudo passa.
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